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Ex-diretor do SBT e amigo de Silvio Santos critica viúva e filhas por comando do SBT

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Luciano Callegari

Ex-diretor do SBT, Luciano Callegari, e amigo próximo de Silvio Santos (1930-2024), expôs suas críticas sobre a gestão da emissora depois da morte do apresentador. Em entrevista para Monica Bergano, da Folha de S. Paulo, o executivo afirmou que a condução da empresa por Iris Abravanel e as filhas é marcada pela falta de experiência e pelos egos inflados.

 

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“Não precisou o Silvio Santos morrer para sabermos qual será o caminho do SBT. Desde que o Silvio deixou de participar, e suas filhas e a Iris começaram a liderar os negócios, nós vimos que a falta de experiência e os egos são o que ditam hoje o caminho do SBT”, desabafou Luciano Callegari. “Infelizmente, o SBT deixou de ser vice-líder numa rapidez alarmante, e o caminho contrário é muito mais difícil”, pontuou.

“Acho que tem que haver um equilíbrio entre a marca colocada pelo Silvio e a modernização. Modernizar não quer dizer você destruir o DNA da empresa. É triste ver o caminho que o SBT está tomando”, completou o profissional de 86 anos.

Callegari ainda falou sobre as decisões de Daniela Beyruti, filha número três de Silvio Santos, na direção da emissora. “A Daniela tem que descobrir alguma forma de melhorar o SBT. Faço votos para que ela consiga. Mas, até agora, ela não agradou. Transformar o SBT em ‘Disney brasileira’ é uma brincadeira, não pode ser levado a sério. A Daniela vai ter muitos problemas”, opinou.

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Luciano Callegari e Silvio Santos

Luciano Callegari e Silvio Santos

 

Último encontro dos dois

Os dois trabalharam juntos por mais de 40 anos, desde quando o artista se apresentava no circo até quando foi criado o SBT.  Callegari atuou como braço-direito do comunicador até o ano 2000.

Ele ainda comentou que Silvio não estava bem de saúde. “Eu sentia que ele queria falar alguma coisa, mas não conseguia”, diz. “O que ficou gravado [na memória] é que na hora em que eu estava saindo, ele me chamou numa outra sala e me perguntou se eu precisava de alguma coisa. Foi a última vez que eu falei com meu amigo”, recorda.

 

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