Opinião: Juliana Paes comprou briga ciente de que seria criticada

Juliana Paes dividiu os Estúdios Globo em dois lados: diversos artistas estão criticando e elevando o tom político, após Juliana criticar senadores na CPI da Covid-19.

Em suas redes sociais, a atriz tomou partido em defesa da médica Nise Yamaguchi, que é a favor do uso da cloroquina, medicamento sem eficácia contra a covid-19, segundo estudos científicos.

Juliana Paes reprovou a forma como Nise foi tratada na sessão que investiga atos do governo e ações no combate à pandemia na última terça-feira (1):

“Show de horror e boçalidades na CPI da Covid. Certa ou errada… Não importa! Intimidação, coação… Fala interrompida… Mulher merece respeito em qualquer ambiente”, disse uma postagem com a foto da médica.

Ao ser foi ouvida pelos senadores na CPI, Nise Yamaguchi teve embates diretos com alguns senadores. O mais direto aconteceu com Otto Alencar (PSD-BA), que questionou se a médica possui conhecimento para opinar sobre o tratamento do novo coronavírus. 

A verdade é que a carreira de Juliana Paes é sólida e premiada. Ela sabe que é uma formadora de opinião e tem total ciência que comprou um lado da briga e que isto poderia render uma onda de críticas, além de ser detonada por uma parte do público, que clama por socorro na pandemia.

Não podemos esquecer: falta da vacina, o elevado número de mortes e a irresponsabilidade de um governo genocida. Tudo isso deixa cidadãos de bens indignados.

Quem decide entrar nesse “rigue”, precisa estar aberto a todas as consequências. Especialmente uma pessoa pública.

Juliana Paes levantou um muro: de um lado estão os amigos que concordam e estão em sua defesa. De outro, os que não aceitam o argumento feminista e que entendem que é preciso criticar de forma dura, quando tantas vidas estão expostas.

Ao todo, a conta oficial de Juliana ostenta 30 milhões de seguidores. Ela tem todo o direito de escolher um lado.

Como também é democrático que artistas, jornalistas, músicos e populares subam o tom e a critiquem com argumentos sólidos.

Esta é a base da democracia, ameaçada diariamente no Brasil.

Vivemos um tempo em três vias de mão: ou você está ao lado do negacionismo, ou você está do lado cívico ou está no lado “isentão”. Não há quarta via.

A decisão por não se posicionar é democrática. Mas as pessoas têm o direito de interpretar que o silêncio é, sim, assumir um lado da briga: o lado alheio.

O muro está levantado e sair da bolha é preciso!

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