Lula decreta intervenção na segurança do Distrito Federal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (8) que todos os manifestantes golpistas que invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes serão encontrados e punidos. Por conta do caos em Brasília, o Executivo decidiu decretar intervenção na segurança do Distrito Federal.

Em Araraquara (SP), Lula classificou os golpistas como “vândalos” e colocou a estrutura de segurança do DF sob sua alçada até o fim de janeiro.

O presidente ainda acrescentou que os arruaceiros poderiam ser chamados de “nazistas” e “fascistas”, acrescentando que a esquerda nunca protagonizou um episódio similar a este no Brasil.

“Eles vão perceber que a democracia garante direito de liberdade, livre expressão, mas ela também exige que as pessoas respeitem as instituições que foram criadas para fortalecer a democracia”, considerou.

O presidente Lula ainda culpou seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), considerando que o candidato derrotado nas urnas também é responsável pelos atos de vandalismo, que se espalharam por Brasília.

À tarde, manifestantes golpistas entraram na Esplanada dos Ministérios, invadiram áreas do Congresso, do Palácio do Planalto e o STF (Supremo Tribunal Federal), espalhando vandalismo. Após um total descontrole da segurança do DF, apenas no fim da tarde, os golpistas entraram em confronto com a Polícia Militar.

A ação de apoiadores de Bolsonaro ocorre uma semana após a posse de Lula, antecedida por atos antidemocráticos insuflados pela retórica golpista do ex-presidente no período eleitoral.

O presidente Lula afirmou que visitará os palácios que foram depredados e lembrou os atos de vandalismo na área central de Brasília no fim de dezembro, voltando a criticar as forças de segurança da capital.

“A Polícia Militar estava guiando e vendo eles tocar fogo em ônibus e não fazia absolutamente nada. Esses policiais não poderão ficar impunes e não poderão participar”, declarou.

LULA CULPA BOLSONARO PELO ATAQUE GOLPISTA EM BRASÍLIA

Ainda em Araraquara (SP), Lula avaliou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sempre estimulou a invasão às sedes do STF e do Congresso Nacional. Entretanto, na visão do Executivo, Bolsonaro só não incentivava que entrassem à força no Palácio do Planalto no período em que ficou como presidente, após perder as eleições.

“Isso também é da responsabilidade dele [Bolsonaro], dos partidos que sustentam ele e tudo isso vai ser apurado com muita força e muita rapidez”, afirmou.

O petista disse ainda que determinará a apuração dos financiadores das manifestações bolsonaristas e que exigirá a responsabilização deles.

“Espero a partir desse decreto não só cuidar da segurança do DF, mas garantir que isso não se repetirá. É preciso que essa gente seja punida de forma exemplar, que ninguém nunca mais ouse com a bandeira nacional nas costas ou camiseta da seleção se fingirem de nacionalistas, se fingirem de brasileiros e façam o que eles fizeram hoje”, declarou.

Lula também criticou o secretário de segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, exonerado da função pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), neste domingo (8), após os ataques terroristas em Brasília.

“O secretário de segurança dele [Ibaneis] todo mundo sabe a fama dele de ser conivente com as manifestações”, afirmou.

O interventor será o número 2 do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli. Ele foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e foi do PCdoB por muitos anos.

Nos antigos governos de Lula e de Dilma Rousseff (PT), Capelli foi secretário nacional no Ministério dos Esportes. Formado em jornalismo, era secretário de comunicação do Maranhão, antes de ir para o Ministério da Justiça.

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