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Morre aos 84 anos, Agnaldo Timóteo, vítima de Covid-19

O cantor Agnaldo Timóteo faleceu neste sábado (3) em decorrência do novo coronavírus. Ele estava intubado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Casa São Bernardo, na Barra da Tijuca, no Rio.

O cantor, de 84 anos, estava internado desde o dia 17 de março e há dez dias depois precisou ser intubado.

“É com imenso pesar que comunicamos o falecimento do nosso querido e amado Agnaldo Timóteo. Agnaldo Timóteo não resistiu as complicações decorrentes do Covid-19 e faleceu hoje às 10:45 horas. Temos a convicção que Timóteo deu o seu Melhor para vencer essa batalha e a venceu! Agnaldo Timóteo viverá eternamente em nossos corações! A família agradece todo o apoio e profissionalismo da Rede Hospital Casa São Bernardo nessa batalha”, informou a família, em nota.

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Aguinaldo Timóteo Pereira nasceu em Caratinga (MG) no dia 29 de outubro de 1936. O cantor construiria uma história marcada por luta, dificuldades, sucessos, polêmicas, trajetória política e inúmeras participações em programas de rádio e televisão.

Os primeiros passos da carreira de Timóteo foram dados quando ele participou, como calouro, no rádio.

Com 16 anos, já morando em Governador Valadares, o músico tinha o hábito de deixar de lado o trabalho de torneiro mecânico para ouvir Ângela Maria, a quem admirava publicamente e, anos depois, teve o prazer de trabalhar e se tornar amigo pessoal.

Ele foi aconselhado pela cantora a se mudar para o Rio, visando ter mais oportunidades de mostrar o trabalho autoral. Mas nem tudo foram flores no início.

Foi na capital fluminense que Timóteo conheceu Roberto Carlos, que, à época, também havia se mudado para a cidade em busca de oportunidades profissionais.

Agnaldo Timóteo chegou a declarar ao longo da trajetória os perrengues que enfrentou ao lado do ídolo da Jovem Guarda. Os dois costumavam a ir a pé às rádios porque não tinham dinheiro para o bonde.

Com dificuldades financeiras, o músico procurou Ângela Maria e pediu para trabalhar como seu motorista. Na ocasião, a cantora possuía um automóvel, mas não dirigia.

Por indicação de uma das maiores estrelas da história do rádio brasileiro, Agnaldo Timóteo gravou o primeiro trabalho, que contava com as canções Sábado no Morro e Cruel Solidão.

Timóteo contabiliza mais de 50 discos gravados e ficou nacionalmente conhecido ao gravar Meu Grito, canção composta por Roberto Carlos. Entre os grandes sucessos da longa carreira, Ave-Maria, Mamãe e Verdes Campos foram alguns dos grandes marcos da trajetória musical.

Sempre muito discreto em relação à vida pessoal, o cantor nunca assumiu publicamente os seus relacionamentos. Entretanto, em 2017, o documentário Eu, Pecador trouxe à tona passagens da trajetória do músico até então inéditas, Timóteo falou abertamente de romances vividos com outros homens.

Com as mudanças no cenário fonográfico brasileiro e surgimento de interesses pessoais, o ritmo de shows foi diminuindo com os anos e o cantor passou a conciliar a música com a carreira política. Em 1982, o cantor se filiou ao PDT (Partido Democrático Trabalhista). À época, ele foi eleito o deputado federal mais votado da história do estado do Rio de Janeiro.

Uma das participações na televisão mais lembradas nos anos 2000, foi na terceira edição do reality show Casa dos Artistas, do SBT, em 2002. À época, a edição apresentada por Silvio Santos misturou famosos e fãs. Timóteo, inclusive, foi responsável por votar para que a própria fã, Silvana, deixasse a atração. O músico foi o quinto eliminado da temporada.

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