Paulo Gustavo tem quadro clínico crítico. Entenda as complicações hemorrágicas
Paulo Gustavo segue lutando bravamente pela vida. O ator trava uma batalha contra a covid-19 na UTI do Hospital Copa Star, no Rio desde o dia 13 de março. Segundo o boletim mais recente, divulgado domingo (11), Paulo está em estado crítico.
O quadro clínico de Paulo Gustavo ainda inspira cuidados. O tratamento ECMO e uso da ventilação mecânica permitem ajudar o pulmão do humorista a descansar com a tentativa de restabelecer o sistema respiratório.
“Todos os profissionais têm se empenhado incessantemente pela sua recuperação”, informou o boletim médico do dia 11.
Quais os principais benefícios que a ECMO oferece?
- Equilibrar a circulação de maneira rápida e eficaz;
- Dar tempo para o pulmão ou coração se recuperarem;
- Manter o coração e/ou o pulmão funcionando enquanto o paciente trata a causa que o levou ao uso da ECMO;
- Possibilidade de receber hemodiálise ou fazer procedimentos cirúrgicos paralelamente ao uso da máquina.
O que a ECMO pode causar no paciente?
Hemorragia: pode ocorrer porque o sangue tem a possibilidade de coagular na tubulação. Sabendo do risco, a equipe treinada acompanha o paciente de perto. Se o sangramento aumenta, a ECMO pode precisar ser interrompida;
Infecção: O risco é comum para todos os procedimentos que requerem tubos no corpo, especialmente dentro de um vaso sanguíneo;
Embolia: Pequenos coágulos ou bolhas de ar podem entrar no sangue dos tubos. Às vezes, podem causar lesões em outras partes do corpo e pode até mesmo ser fatal;
AVC: A artéria carótida é usada na ECMO, que utiliza o vaso sanguíneo veno-arterial. Esta artéria é um dos vasos que levam o sangue para o cérebro. Durante ou após a ECMO, há possibilidade de obstrução da artéria. Os riscos a longo prazo não são conhecidos e um aumento da chance de Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ocorrer quando a pessoa envelhece. Além disso, tanto os sangramentos como as embolias descritas acima podem provocar AVC.
Para quais casos o equipamento é recomendado ou contraindicado?
Para que o paciente receba a indicação da ECMO, é necessário que seu quadro seja reversível, já que não é possível deixá-lo na máquina para sempre. As indicações são diversas e devem ser bem avaliadas por uma equipe com treinamento especializado para usar a tecnologia. Entre as mais comuns, estão:
- Insuficiência respiratória aguda (pela incapacidade de oxigenação do sangue ou do pulmão eliminar o gás carbônico);
- Recém-nascidos que apresentem problemas no coração ou no pulmão, como a síndrome de aspiração de mecônio, caracterizada pela dificuldade em respirar do bebê, que aspirou a matéria fecal estéril, denominada mecônio, para dentro dos pulmões, antes ou perto da ocasião do parto;
- Pneumonia ou bronquiolite graves;
- Pós-operatório de cirurgias, quando o órgão ainda não voltou a funcionar normalmente. Inflamação ou falha do coração (miocardites).
Entre as contraindicações, os médicos apontam:
- Crianças com idade gestacional menor do que 34 semanas ou com peso de nascimento menor do que 200 gramas, já que o equipamento é grande demais para elas;
- Pacientes que passaram muito tempo em ventilação e já têm danos pulmonares;
- Coagulopatia grave e/ou hemorragia. Outras anomalias congênitas. Falência múltipla de órgãos. Doenças pulmonares ou cardiovasculares irreversíveis;
- Outras anomalias congênitas;
- Falência múltipla de órgãos;
- Doenças pulmonares ou cardiovasculares irreversíveis.
A situação clínica de Paulo Gustavo, que antes já era bastante grave, tem ficado ainda mais delicada nos últimos dias por conta de complicações do tratamento. No domingo (11), o ator voltou a apresentar complicações hemorrágicas – ou seja, sangramentos excessivos pelo corpo. Ontem (13), Thales Bretas, marido de Paulo, voltou a incentivar que pessoas doem sangue.
Segundo um médico ouvido pelo site, essas complicações ocorrem por conta da ECMO (oxigenação por membrana extra-corpórea). O aparelho faz a função de um pulmão: retira o sangue e o devolve para o corpo oxigenado. Mas, para manter-se em nesta máquina, Paulo Gustavo deve receber anticoagulantes – para evitar a formação de coágulos (trombos). Os remédios, porém, podem deixar o sangue fino demais – causando, então, as hemorragias.
Paulo Gustavo já havia precisado receber bolsas de sangue na quarta-feira (7). Embora não confirmado pela equipe médica, estas hemorragias podem ser muito intensas.
Felizmente, com a “reposição dos fatores de coagulação deficitários”, para diminuir o efeito dos anticoagulantes, Paulo Gustavo tem tido uma resposta “de certa forma satisfatória”, ainda segundo o boletim do dia 11.
Já são quase 72 horas, desde que o último boletim médico foi emitido. A pedido da família, novos boletins só serão divulgados quando existirem evidências de melhoras no quadro clínico. Amigos e parentes fazem correntes de orações nas redes sociais.
Os comentários médicos deste texto servem apenas para explicar ao público informações mais aprofundadas e divulgadas pelo boletim médicos que à imprensa teve nos últimos dias
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