Uma das emissoras mais tradicionais e mais antigas em atividade, a TV Gazeta, de São Paulo, completou no último dia 25 de janeiro, 53 anos no ar. Assim sendo, a TV mais paulistana caiu no ostracismo nos últimos anos. Nada lembra a Gazeta do final do século passado.
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Nos anos 80, o programa ‘Clarisse Amaral em Desfile’ virou o ‘Mulheres‘ – o programa feminino mais longevo da TV Brasileira e que atualmente é comandado por Regina Volpato. Neste período, Ione Borges e Claudete Troiano formaram as “parceirinhas”. Faustão teve uma rápida passagem por lá com o seu ‘Perdidos na Noite‘.
Em suma, queda acentuada nos anos 90 e parceria com a CNT
No começo da década, mudanças ocorreram e um projeto batizado de “televisão desindexada” acabou sendo desativado. A TV Gazeta começou a decair com uma programação morna, sem graça, sem alcance e audiência. A emissora só sobreviveu graças à compra de filmes antigos a “preço de custo” da Globo, exibidos no ‘Cine Gazeta’, de segunda a sábado 21h30, e os desenhos animados no programa ‘Gazetinha’, de segunda a sábado 20h até 21h30. Os desenhos infantis eram recomprados do SBT e da própria Globo, quando essas não tinham mais espaço para exibi-los. Em resumo, a emissora parecia condenada a transmitir apenas para São Paulo, sem muitas perspectivas de crescimento.
Depois, mudança de nome:
Em 1996, a TV Gazeta passou a se chamar “CNT Gazeta“, ao firmar parceria com a TV paranaense. Com isso, a Gazeta começou a chegar a ser exibida em todo Brasil e contou com uma programação mais diversificada: novelas estrangeiras e programas de audiências – como os populares programas policiais Cadeia e 190 Urgente; os infantis Hugo Game, Tudo por Brinquedo, com Mariane Dombrova, e TV Fofão, com Orival Pessini; além dos desenhos da Hanna Barbera; o esportivo, Mesa Redonda; variedades, como o Mulheres e a forte presença também no jornalismo e nos esportes.
De fato, com o fim da parceria em 2000, o canal voltou a ser uma TV “local” com poucas atrações.
Enfim, Gazeta é ignorada por quê?
Poucos jornalistas dão espaço para a TV Gazeta em suas colunas. Desse modo, é como se uma TV de cinco décadas não existisse. Tudo que é publicado é negado, vetado ou até mencionado por seus “contratados” em programas ao vivo. Ordens da chefia. Com poucos programas no ar, como o Revista da Cidade, Você Bonita, Mulheres, Jornal da Gazeta, Gazeta Esportiva, Mesa Redonda, Gazeta Shopping (televendas), a emissora, raramente, atinge 1 ponto de média e caminha com o “traço”, na casa de 0,3 ponto.
Todavia, mesmo este que vos fala sendo vetado pela diretoria da Gazeta, simpatizo pela emissora e pela sua história – sim, meus caros, este colunista é uma “persona non grata” na Fundação Cásper Líbero.
A emissora paulista poderia ter uma programação mais diversificada e ter outro caminho, se tivesse uma diretoria forte, que entendesse de televisão. Mas isso é assunto para outra nota.