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Repórter da CNN é hostilizado e sai ao lado de PM em passeata pró-Bolsonaro

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Pedro Duran- Reprodução Internet

Durante a cobertura de um ato pró-Bolsonaro neste domingo (23) no Rio, Pedro Duran, repórter da CNN Brasil, foi hostilizado por apoiadores do presidente da República.

Em um ataque covarde à imprensa, alguns dos manifestantes partiram para cima de Pedro, que precisou deixar o seu trabalho escoltado por um policial militar.

No Twitter, a hastag “CNN Lixo” apareceu entre os assuntos mais comentados.

Márcio Gomes, apresentador do CNN Prime Time fez um texto em apoio ao colega de emissora:

“Minha solidariedade ao Pedro Duran pelas agressões sofridas hoje durante a cobertura do passeio presidencial pelo Rio. Na briga irracional de torcida que o nosso país vive, a verdade e, por consequência, os jornalistas foram escolhidos como alvo. Não recuaremos!”, disse o veterano.

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No fim da noite, diante da repercussão do caso, a CNN Brasil se posicionou sobre a violência cometida por seu profissional.

“A CNN Brasil repudia todo tipo de agressão. Acreditamos na liberdade de imprensa como um dos pilares da democracia. Os jornalistas têm direito constitucional de exercer sua profissão de forma segura, para noticiarem fatos, dentro dos princípios do apartidarismo e da independência”, disse em comunicado.

AGLOMERAÇÃO EM MEIO À PANDEMIA

Mesmo diante de 458 mil mortes para a Covid-19, Jair Bolsonaro (sem partido) esteve no local e, mais uma vez, apareceu sem máscara, causando aglomerações. Boa parte dos manifestantes também não usaram máscaras.

Bolsonaro usou um carro de som como palanque e fez um pronunciamento ao lado de personalidade da política, incluindo a presença de Eduardo Pazuello, ex-ministro da saúde.

OPINIÃO

Nunca a imprensa neste país foi tão massacrada, desrespeitada, agredida e intimidada.

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Passamos pelos governos Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso, Luís Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer. Em todos, mesmo diante do amplo e contraditório, os jornalistas tinham liberdade e respeito.

Diariamente, o governo de Jair Bolsonaro tenta intimidar e calar a imprensa em seu próprio benefício.

Em 2020, Bolsonaro e seus membros políticos fizeram 469 ataques a jornalistas e veículos de imprensa. Sozinho, o presidente fez 103 ataques.

Uma inglória luta para quem “está” presidente da República.

Até uva passa…

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