O novelista e ator Miguel Falabella, abriu o jogo sobre a época em que trabalhou como autor de novelas e séries, e relatou que as suas obras não eram bem avaliadas nos bastidores da TV Globo. Em entrevista ao jornalista Lucas Pasin, do UOL, o veterano falou sobre a sua saída da emissora carioca após 39 anos como contratado e revelou que não encontrava liberdade para escrever as suas novelas como ele gostaria.
“Nunca fui preso a nada. Escrevi ‘Pé na Cova’, ‘Toma Lá Dá Cá’, fiz o que eu quis. Sou um privilegiado porque tive Roberto Talma [diretor da Globo, morto em 2015] na minha vida. Ele dizia: ‘Faz’. Eu falava: ‘Vou fazer uma funerária, no Irajá, com uma mulher alcoólatra maquiadora de defunto, a filha é puta e namora um sapatão mecânico. Os vizinhos são esquizofrênicos, e ele dizia ‘Faz!’. Para seriados eu sempre tive liberdade de criação”, relatou ele.
Miguel Falabella afirmou que ao contrário das séries, ele não encontrava liberdade em suas novelas e enfatizou que A Lua Me Disse (2005) estava de castigo no arquivo da emissora.