A autobiografia do segundo diretor-geral da TV Globo, Walter Clark , releva que o diretor de jornalismo da emissora achava uma loucura criar um telejornal nacional. Lançada em 1991, com o título ‘Campeão de Audiência’, a obra aborda a criação da atração diária, que almejava a transmissão em vários estados, para estimular outras emissoras a se afiliarem à Rede Globo.
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“Com mais emissoras, podíamos oferecer aos nossos clientes a audiência de outras praças, cobrando mais caro por isso. E, obviamente, não havia nenhum programa de TV diário melhor para fazer essa integração que um telejornal”.
No livro, ele contou que o diretor Armando Nogueira foi quem mais ficou com o “pé atrás” para a criação do Jornal Nacional. Segundo Clark, Armando argumentava que os outros estado não tinham o mesmo padrão técnico que existia no Rio, sede da emissora. Armando argumentava sobre os equipamentos serem piores e as equipes menos qualificadas.
“As matérias não serão boas, isso vai desmoralizar o jornal”, afirmava o diretor de jornalismo.
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De fato, diretor da TV Globo não acreditava no formato:
Assim, para ele, era impossível criar uma atração com a tecnologia, equipamentos e profissionais disponíveis na época. Na obra, Clark conta que Armando Nogueira continuou resistindo por um tempo, mas acabou sendo vencido pelo fator comercial.
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Enfim, com Cid Moreira e Hilton Gomes na apresentação, o Jornal Nacional estreou em 1º de setembro de 1969. Bem como, o telejornal era exibido de segunda a sábado, às 19h45, com 15 minutos de duração.