Desde a estreia, juro que fiquei com um pé atrás em relação a novela Cara e Coragem, de autoria de Cláudia Souto e direção artística de Natália Grimberg.
A realidade é que a novela das sete não aconteceu. Uma trama de “ação” em meio a uma história que ninguém comentava: mal gerou engajamento e passou despercebida pelo público.
Até a crítica especializada ficou com preguiça de escrever e falar mal de Cara e Coragem.
Uma das histórias centrais tinha enredo policial e ficou abandonada pelo caminho. Não houve reviravoltas que prendesse o público.
O extenso elenco também não ajudou a render o produto e foi um ponto negativo. A descoberta que Clarice (Tais Araújo) estava viva foi mal aproveitada.
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Paolla Oliveira (Pat) e Marcelo Serrado (Moa) formaram a dupla central diante de um texto fraco, com uma narrativa arrastada. Um casal sem sal, sem tempero e sem graça nenhuma.
Kiko Mascarenhas e Jeniffer Nascimento foram os que se destacaram em meio ao um elenco apagado. Carregaram a novelas nas costas, literalmente.
Como o vilão, Ícaro Silva tinha tudo para roubar a cena. Ficou parecendo um personagem de desenho infantil. Faltou muita coisa e não deu liga.
Cara e Coragem tinha tudo para ser uma novela boa. Ficou só na promessa. O público não sentirá saudades.
AUDIÊNCIA
A média geral de audiência de Cara e Coragem em São Paulo foi de 21 pontos, mesmo índice registrado pela trama anterior, ‘Quanto Mais Vida, Melhor‘.
A diferença é que a antecessora tinha mais engajamento e contava com um texto superior, apesar de ter sido detonada pelos críticos de forma injusta.
As duas tramas ficaram longe dos 26 pontos alcançados pela novela ‘Salve-se Quem Puder‘, que apostou no humor “pastelão”. Esta tática costuma fisgar o telespectador da faixa das sete.
Faltou coragem e vontade para fazer a novela acontecer. Uma pena.