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Como a TV brasileira passou pelo auge da pandemia? Confira

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Em maio, a Organização Mundial da Saúde decretou que a covid 19 não é mais uma emergência global. Embora seja uma pandemia como a Aids ainda é, embora controlada. Na prática, ainda será preciso garantir a proteção com a vacina bivalente e adotar alguns cuidados. O que não deixa de ser uma boa notícia após três anos de muitas tristezas. O auge da pandemia afetou todos os setores da sociedade, entre eles a televisão. Por causa do risco do contágio, as emissoras tiveram que se adaptar as condições e mudar suas programações.

O Aqui tem fofoca relembra como alguns setores da TV reagiram a esse momento crítico da pandemia.

Anteriormente, BBB virou “única opção” de entretenimento na pandemia

Uma cena marcante aconteceu quando Tiago Leifert anunciou a pandemia para os confinados do BBB 20. E, assim, precisou quebrar uma das regras do programa de não revelar o que se passa no ambiente externo. Sem querer, o reality foi uma das poucas atrações que conseguiu permanecer no ar sem grandes problemas. Embora teve que adaptar evitar contato em algumas provas. Além disso, não houve uma grande festa na final e as eliminações não tiveram presença dos familiares dos jogadores. Alguns artistas fizeram apresentações de casa que foram reproduzidas no telão do programa. E, com a população em casa, obteve um aumento de audiência e recorde no paredão. A berlinda entre Felipe Prior e Manu Gavassi chegou na marca de um bilhão de votos.

Em outras atrações, novelas tiveram que seguir padrões rígidos e cancelar cenas de beijo na boca. E muitas produções pararam de gravar após confirmação de que um ator pegou o vírus.

Nesse ínterim, Celso Portiolli manteve o Passa ou Repassa adaptado na pandemia

Os programas de auditório tiveram que exibir reprises, e o Faustão chegou a gravar as chamadas de sua casa. O único que seguiu nos palcos mesmo no auge da pandemia foi Celso Portiolli. O quadro Passa ou Repassa manteve-se ao vivo e foi o primeiro a não ter a presença do público e a se adaptar. Em março de 2020, quando OMS tinha acabado de declarar emergência, o game ficou sem as colegas de trabalho. E aquele foi o último dia das tortas manuais. Posteriormente, houve uso da máquina da torta em que o participante apertava o botão para o doce voar no rosto do rival.

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No ano seguinte, quando houve um maior controle, o Passa entrou na luta pela audiência. Programa chamou Marília Mendonça quando voltou a convidar artistas de renome enquanto a Globo exibia a final da Supercopa do Brasil 2021. Aquela manhã foi quente no ibope pois Palmeiras e Flamengo, clubes em ascensão, mediam forças. E essa foi uma das suas últimas participações da cantora em programas de televisão.

Marília Mendonça canta em palco sem plateia e balé presentes (Foto: Reprodução/SBT)

Marília Mendonça canta em palco sem plateia e balé presentes (Foto: Reprodução/SBT)

Já dia primeiro de maio de 2022, posteriormente a algumas atrações já terem o retorno do público, o Passa voltou as suas condições normais. E curiosamente, teve a última participação da dupla Simone e Simaria junta nas telinhas.

Globo pagou mico na pandemia

A cobertura esportiva foi bastante afetada. A rodada do Paulistão do fim de semana de 15 de março já não teve público na capital paulista. E equipes de transmissão nos estádios se resumiram aos cinegrafistas e poucos repórteres. O futebol só voltou quatro meses depois em julho de 2020. Nesse período, as emissoras mostraram reprises de jogos marcantes, inclusive o jogo do penta entre Brasil e Alemanha, em 2002. Além disso, a cobertura das Olímpiadas de Tóquio foi mais fria, e nenhuma equipe de transmissão da Rede Globo foi para o local.

Outro fator importante foi que devido à queda de receita, a Globo não conseguiu manter a Libertadores, que ficou com SBT. Agora, com fim do contrato, o torneio voltou a ser exibido pela emissora carioca.

E no dia que São Januário voltou a ter público, a Globo pagou um mico histórico. Sem narrador presente no local, ninguém da equipe viu que o segundo gol do Vasco foi anulado. Problema piorou na sequência quando o Cruzeiro empatou, 32 segundos depois, e todo mundo achou que placar estava em 2 a 1. Vários narradores de rádio que fizeram o tubo (transmissão off tube do estúdio) também caíram na “pegadinha”. Só depois do apito final que o repórter Raphael de Angeli conseguiu informar que partida terminou em 1 a 1. Posteriormente, o locutor Luís Roberto e a Globo, em nota oficial, pediram desculpas, mas estrago foi feito.

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Imagens que mostram como a bola comeu bola naquele jogo em São Januário. (Foto: Reprodução/Globo)

Imagens que mostram como a bola comeu bola naquele jogo em São Januário. (Foto: Reprodução/Globo)

Jornalismo esteve na linha de frente da pandemia

Nesse sentido e contexto, o jornalismo teve maior espaço. Programas matinais, como Mais Você, saíram da grade e entrou plantão coronavírus com notícias ao vivo. E os profissionais tiveram que se adaptar. Tiveram que apurar informações de casa e entrevistar pessoas pela internet.

Na cobertura das eleições 2020, alguns jornalistas tiveram que ficar de quarentena pois se aproximaram. E a Globo teve que cancelar o debate entre Guilherme Boulos e Bruno Covas. O motivo: Boulos pegou covid naquela sexta e, mesmo se fizesse de casa, o delay poderia atrapalhar o andamento do embate.

Logo depois, com o controle da doença, graças a vacina e medidas de proteção, os programas puderam voltar as condições normais. E em 2022 praticamente tudo voltou ao “velho normal”. Hoje o que mais prejudica a televisão é a falta de recursos que impedem mais investimentos.