A demissão de Ocimar de Castro, agora, ex-diretor do programa Mulheres, não foi apenas por conta do Ibope. Este foi um dos motivos destacados na crise que assola o programa. Além do Ibope, a conta não está fechando no final do mês.
Como é de conhecimento de todos, o Mulheres é o programa feminino mais longevo da TV brasileira e tem quatro horas de duração diário. O que, de cara, é um erro para os padrões da TV aberta, em pleno 2023.
Um programa extenso não consegue segurar o público do começo ao fim. O telespectador acaba assistindo “blocos”, oscilando e fatiando o que deseja ver: confere a novela da Globo, retorna para ver o quadro de culinária, assiste outro canal da concorrência, volta na pauta médica e por aí vai….
A Gazeta abre sua programação feminina às 11h com o Revista da Cidade, passando pelo Você Bonita e só termina com o foco neste publico às 18h.
Ao todo, são sete horas de conteúdo dedicado apenas a um nicho.
Colocar nas costas do diretor apenas a audiência, não cola. Ok, precisamos reconhecer que o programa precisa aumentar seu público, de uma sacudida com novidades e uma reviravolta.
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LONGO DEMAIS…
O primeiro caminho seria “cortar”, pelo menos, uma hora do programa. Talvez, até duas.
Mais enxuto, o Mulheres ganharia agilidade e abriria espaço para a criação de um novo programa. De preferência, que não seja mais um dedicado apenas ao público feminino.
O maior problema da Gazeta é a própria Gazeta. A direção parou na década passada e não enxerga que a TV e a audiência mudaram.
O poder do controle remoto está nas mãos dos telespectadores. São eles que determinam quem fica no ar, quem sai, o que funciona, o que vende e o que dá lucro.
Dinheiro para a Gazeta é fundamental. Não só para ela, como para todas as TVs.