A Band fez uma aposta ousada quando, no ano passado, investiu uma boa grana numa versão diária do Domingão do Faustão. Além do Faustão, veio a direção, produção, bailarinas, papagaio e companhia limitada. Apostar em um formato diário tinha duas chances: ou dava ibope acima de 5 pontos e dinheiro entrando, ou seria um fiasco de tamanha gigantesca. E foi isso que ocorreu.
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O programa teve o maior investimento da Band em trinta anos, uma estrutura homérica, que em nada devia aos tempos de Globo. As atrações também estavam no mesmo nível: bons convidados, quadros consagrados, tudo muito bem-feito. O Domingão do Faustão tinha migrado ”inteiro” da Globo para a Band.
A conta chegou e foi salgada. Com um grande apelo comercial, Faustão não atraiu os anunciantes necessários para cobrir o alto investimento. É compreensível que um programa semanal não fatura tanto quanto um diário. A insistência da Band em manter um programa ao vivo, diário, com o apoio do jornalismo pode ser um erro. Repito. O canal baterá na mesma tecla e o resultado será o mesmo, ibope entre 1 e 2 pontos e sem anunciantes.
Quem ficará na Band?
A saída de Faustão pode respingar em seu elenco. Datena não esconde de ninguém a insatisfação e o desprestígio da direção. Ele perdeu o helicóptero, que dava suporte ao Brasil Urgente, maior audiência diária do canal. Sendo assim, a Record, concorrente direta com o Cidade Alerta vai voar alto em cima da concorrência. O estrago pode ser grande.
Para Datena, dar um basta e romper com a Band não custa nada.
A Band precisa entender que um programa de auditório diário não será a solução para os seus problemas. Com uma cartela de séries e filmes, colocar enlatados, e preparar um programa com mais calma e planejamento até o ano que vem seria a solução que qualquer diretor de programação faria.