Há exatos 34 anos, o dono do SBT, empresário e apresentador Silvio Santos tentou ser presidente da república. Um ano antes de se candidatar, durante uma entrevista, o ‘Rei da TV’ deu o seguinte recado aos telespectadores:
“Se o Silvio Santos um dia for candidato a qualquer cargo eletivo, e se o Silvio Santos apontar qualquer um candidato às eleições, não votem no Silvio Santos e nem em quem ele apontar, porque o Silvio Santos vai estar tapeando vocês. Não quero ser político e não vou apontar ninguém pra presidente da República”.
Bem como, ironicamente, a candidatura de Silvio não teve sequência por ele não cumprir as exigências do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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O ano era 1989. E era a primeira eleição direta para presidente desde o golpe de 1964, quando o Brasil passou a ser governado por militares. Ou seja, os brasileiros não votavam para presidente há 29 anos. Aliás, o partido de Silvio Santos era o Partido Municipalista Brasileiro (PMB) e o vice-presidente seria Marcondes Gadelha, que já havia sido deputado e era senador pela Paraíba.
Antes de ter a candidatura anulada, o dono do SBT chegou a liderar a campanha com 29% de intenções de voto, seguido por Fernando Collor, com 18,6% e Lula, com 10,6%. O vencedor das eleições foi Fernando Collor de Melo, com 53,03% dos votos.
E se fosse eleito? Como ficaria o SBT sem o Silvio Santos?
Candidatura de Silvio Santos não seguiu no Tribunal Superior Eleitoral (Reprodução)
Então, o dono de uma das maiores emissoras do Brasil tinha um plano para continuar no ar. Eleito presidente, em vez de de ficar boa parte do dia no ar, Silvio Santos teria apenas um programa na grade do SBT. Na época, o ‘Programa Silvio Santos’ batia altos picos de audiência e era responsável por 30% do faturamento da casa.
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Após as eleições, Silvio chegou a reduzir seu tempo no vídeo, mas retomou o espaço a partir de 2008, quando estreou a nova fase do Programa Silvio Santos. Até hoje o programa segue o formato adotado, com quatro horas de duração.
