Em entrevista ao Café com Pixel disponibilizado no Youtube na semana passada, Teresa Penna afirmou que o Globoplay está negociando parcerias com plataformas concorrentes.
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Ela, que atualmente é head da plataforma de streaming do grupo Globo, contou como começou sua trajetória no Grupo Globo, análise do streaming audiovisual no Brasil e o que ela pensa sobre o modelo do negócio no futuro.
“Criamos o Globoplay como uma resposta à profunda mudança de hábito do consumidor. A gente nasceu sendo catch-up da programação da Globo e, a partir de 2018, começamos a receber investimentos para ir além disso, e passamos a investir em conteúdo licenciado e também produção nacional. Percebemos que, mais do que altos orçamentos, precisávamos ter conteúdo local, com coprodução e licenciamento de catálogo de originais”, afirmou.
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Mais sobre a conversa de Teresa Penna, head do Globoplay, ao Café com Pixel
Na época, os streamings não tinham planos monetizados – a Netflix, principal plataforma do segmento, era contra esse modelo naquele período, mas voltou atrás. Na época, todos os episódios de um determinado seriado eram lançados de uma vez só, fazendo com que os assinantes pudessem fazer uma “maratona”. “Mas vimos que isso não se sustenta. Começamos a ver uma avalanche de players chegando no mercado e a equação não estava fechando. O consumidor não é bobo, ele vê claramente que está pagando a mesma coisa que pagava antes na Pay TV, mas para vários serviços de streaming. Ele passou a assinar o serviço, assistir o conteúdo que queria e, depois, cancelar a assinatura. Ou seja, as plataformas tinham alto número de aquisições, mas também de churn”, justificou.
Entre as novas estratégias do Globoplay, está o co-financiamento de projetos em parceria com os canais, lançando os produtos na TV paga e na plataforma de streaming da Globo. O bolso do consumidor chegou no teto. E nós continuamos crescendo – muito, mas abaixo do esperado. Por isso estamos fazendo esse co-financiamento”, justificou Teresa, citandos coisas como The Taste, Vai que Cola, Túnel do Amor e outros, que em parte são financiados pelo Globoplay.
Além disso, ela citou parcerias de conteúdo e também de distribuição, falando sobre a consolidação de players. “Eu nunca vi tanto player de OTT na minha vida. É uma loucura, não consigo imaginar todos eles ficando. Netflix, Disney, Amazon e HBO não saem do mercado – pelo menos não a curto prazo. Entendo que essa competição contará com os grandes players globais e alguns nacionais. Cinco a seis por mercado. Ninguém vai ter uma plataforma com 500 milhões de assinantes”.
Teresa Penna, por fim, acredita que o streaming não matará totalmente a TV por assinatura e a TV aberta. Não dá para voltar atrás, os avanços tecnológicos não retornam. O streaming vai crescer cada vez mais, mas de forma mais cautelosa. Tem consumidor que quer ver esporte sem delay, então vai assistir na TV. Tem todo um Brasil profundo que gosta do linear, ao mesmo tempo em que o público jovem não gosta. Eu vejo o valor da TV, e sou pró esse ecossistema com diferentes opções. A Globo está preparada para qualquer tipo de distribuição – e quem vai dizer qual é a melhor é o consumidor”.
Por fim, com informações do Tela Viva.