Will 18h52
Cinema

Indicado ao Oscar, filme italiano ‘Eu, Capitão’ foca a tragédia das migrações

O diretor italiano Matteo Garrone é reconhecido por tratar de uma criminalidade mais localizada e específica, ao mostrar a violência do homem urbano italiano, envolvido na máfia (“Gomorra”) ou baseando-se na lei dos mais fortes (“Dogman”). São filmes realistas e selvagens, que não deixam margem para o otimismo.

+ Sem espaço, Téo José deixa o SBT após três anos

Confira quem estará na “Dança dos Famosos 2024”

TV Globo engaveta sinopse inédita deixada por Aguinaldo Silva

Record nega interesse na contratação de Fátima Bernardes

Eles são bem diferentes de “Eu, Capitão”, outra estreia desta quinta-feira (29) nos cinemas. Garrone faz uma espécie de fábula sobre a situação dos imigrantes e dos refugiados, passada em países da África. A violência é de outra ordem, significativa de um doloroso cenário socioeconômico mundial, que cresce de tamanho e não encontra saídas.

O inimigo aqui não tem rosto e, muitas vezes, não fala a mesma língua. Em “Gomorra” e “Dogman” sabemos que todos estão aprisionados a determinada realidade. Em “Eu, Capitão”, a busca da sobrevivência é mais universal, como sinônimo de comida, casa e trabalho digno, os mais básicos dos direitos dos seres humanos.

Receba as notícias do Aqui tem Fofoca no seu celular

Eu, Capitão

Eu, Capitão

Garrone põe uma dupla de adolescentes senegaleses numa grande jornada para chegar ao mar Mediterrâneo, passando por diversos obstáculos para tentar fugir à repressão migratória, vivendo as piores condições possíveis, como atravessarem um deserto a pé e serem escravizados por criminosos oportunistas.

Muito bem fotografado (por piores que sejam as situações, há certa plasticidade nessa miséria africana), o filme – em contraponto à maneira como os migrantes são aviltados – tem um pé fantasioso, que serve como respiro e reforça o coração puro de seus protagonistas.

É como se Garrone nos levasse a outro tempo, em que a transgressão maior está na mentira à mãe. “Eu, Capitão” não mostra, mas é claro que tamanha generosidade vem da origem deles – de um pedaço da África pobre, mas com valores ainda intactos.

Nesse sentido, é interessante ver o diálogo com os filmes anteriores do cineasta, em que a sociedade já está maculada. Há um grito de esperança, especialmente no final, quando assumimos as nossas responsabilidades sobre o outro.

Então, fique por dentro do Aqui Tem Fofoca.

Em suma, para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga nossas redes sociais: Siga-nos no FacebookYoutubeInstagram, e Google Notícias

Mais lidas do dia

Top