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Iris Abravanel culpa diretor falecido por novela longa e alfineta a Globo: “Não quer dizer que a gente precisa respeitar”

(Créditos: Reprodução/Youtube)

Questionada sobre o número de capítulos de “A Infância de Romeu e Julieta”, Iris Abravanel perde o fôlego, mas não tem dificuldade de responder a pergunta. Segundo a novelista, a ideia de que a saga de Poliana durasse muito tempo veio de Reynaldo Boury (1932-2022).

O falecido diretor lutou para que “As Aventuras de Poliana” (2018-2020) batesse um recorde no país. Em suma, a dramaturga afirma que o diretor define quantos capítulos uma novela terá.

“Ele ficava: ‘Iris, faça aquilo, faça mais isso, vamos duplicar, vamos triplicar’, e aconteceu… Foi graças ao Boury mesmo que nós chegamos ao 560”, afirmou ela, com os olhos cheios de lágrimas, no evento de lançamento da novela à imprensa.

“Ele já tinha um recorde em Redenção [1966-1968, da TV Excelsior, com 596 capítulos], e queria bater o recorde dele mesmo”, justificou Fernando Pelegio, vice-presidente do departamento artístico e diretor criativo da emissora. Porém, ele não conseguiu a façanha.

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Íris ainda não definiu quantos capítulos terá sua próxima novela, que estreia na próxima segunda-feira no SBT e também no Prime Video. Segundo registro da Ancine, se nada mudar, a trama terá um total de 325 capítulos, porém tudo dependerá da reação do público, só que Pelegio contou que a emissora de Silvio Santos não tem interesse em diminuir o tamanho dos capítulos, coisa que a Globo fez nos últimos tempos.

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Poliana Moça é uma adaptação de Íris Abravanel no SBT (Créditos: Reprodução/Montagem)

Poliana Moça é uma adaptação de Íris Abravanel no SBT (Créditos: Reprodução/Montagem)

“Nós temos novelas norte-americanas que estão há 40 anos no ar. Nossas novelas, com 300, 350 capítulos, não são nada perto disso. Isso [fazer novelas mais curtas] não é uma tendência mundial. É que no Brasil não temos esse costume, a Globo não tem esse costume, mas não quer dizer que a gente precisa respeitar”, explicou.

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A aposta do SBT será inspirada no livro “Romeu e Julieta” (1595), obra de William Shakespeare (1564-1616), só de que forma mais lúdica e menos trágica. Ao contrário do livro original, Iris Abravanel já garantiu que sua adaptação terá um final feliz.

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