Ex-narrador da TV Globo, Jorge Vinicius criticou com veemência as demissões de colegas jornalistas da sua antiga emissora, em que ele trabalhou entre 2010 e 2018. Em entrevista ao podcast Parlando de Palmeiras, Vinícius afirmou que a empresa não contrata mais pelo talento, atualmente, apenas pela política de diversidade.
“Hoje a Globo contrata preto, mulher e homossexual. O talento é o quarto plano. Perderam a mão. Sou favorável a inclusão. Não sou preconceituoso. Ao contrário! Tenho amigos gays, preto, amigas mulheres. O trabalho de inclusão é importante? É. Tínhamos pouco? Tínhamos, concordo. Mas não vamos perder o foco. Em qualquer atividade, primeiro, o talento”, disse.
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Nesse ínterim, Vinícius citou a jornalista Gloria Maria, que morreu em fevereiro, e Heraldo Pereira, que atualmente segue na emissora, para se justificar. “Quantos pretos não tivemos com histórias lindas e maravilhosas? Vou citar um homem e uma mulher. Glória Maria. O que representou essa mulher para o jornalismo? Preta, mas acima de mulher e acima de ser preta, ela tinha talento. Heraldo Pereira, esse cara é um monstro, é um jornalista acima da média. Sou fãzaço dele. Quantas vezes ele esteve na bancada do principal produto da Globo em termos de jornalismo que é o Jornal Nacional?”, relembrou.
Para narrador, atualmente, emissora pratica etarismo
Posteriormente, o narrador ainda afirmou que a Globo pratica o “etarismo”. “A Globo perdeu tanto a mão nesse aspecto de inclusão que agora existe o etarismo. Será que eles não estão enxergando? Uma coisa que não é legal é mandar embora pessoas que completam 50 anos, 55 anos, 60 anos… a Globo tá mandando embora gente de qualidade ainda que tem muito para dar.”
Posteriormente, criticou a demissão de Jota Junior, profissional veterano, que saiu em março. “O Jota Júnior é um cara extraordinário, com currículo e bagagem… como narrador, tá em fim de carreira? Não está! Ele tem mais a doar. Mas por que foi mandado embora? Por causa da idade. A Globo hoje pratica o etarismo. Isso é feio”, finalizou.