O narrador esportivo Jota Junior, 74, decidiu entrar na Justiça contra a Globo para pedir quase R$ 16 milhões em direitos trabalhistas. O profissional trabalhou na emissora por 20 anos.
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De acordo com o advogado Alessandro Lodi, Junior trabalhou por duas décadas na emissora como pessoa jurídica e sem carteira assinada. Porém, em 2019, o locutor teria acertado vínculo em uma nova negociação e teve sua situação regularizada. Emissora teve essa iniciativa para evitar processos trabalhistas, mas afirmou que ele teria o salário reduzido.
Advogado alega que o narrador não teve escolha e se não topasse a nova decisão seria demitido. Além disso, Jota teve conhecimento da diferença entre os vencimentos dele com o de outros colegas. Já a Globo que não vai se pronunciar sobre o caso.
A primeira audiência do processo está marcada para o dia 7 de julho, e a emissora apesentará sua defesa. Lodi disse para o site F5, da Folha, que a canal dos Marinho costuma levar as ações até a última instância em Brasília. O advogado aguardará a decisão da Globo e disse ainda que o narrador está chateado com essa situação e por ter recusado outros trabalhos enquanto ainda estava no canal. Jota decidiu não comentar o processo e nem o seu futuro profissional.
Só que a lei garante que um trabalhador só pode solicitar reconhecimento do vínculo trabalhista dos cinco anos anteriores à data da ação. Como o processo entrou neste ano, Jota só pode pedir pagamento de direitos do ano de 2018, o seu último como PJ.
Narrador entrou na Globo com indicação de Galvão Bueno
Jota Júnior começou sua carreira nas rádios de Americana, sua terra natal. Posteriormente migrou para a rádio Gazeta, de São Paulo, e chamou atenção de Luciano do Valle, que o convidou para integrar o time da Band. Na emissora do Morumbi ele narrou quatro Copas do Mundo: 1986 (México), 1990 (Itália), 1994 (Estados Unidos) e 1998 (França). Depois, em 99, assinou com Sportv, do grupo Globo, e teve indicação de Galvão Bueno.