Em tempos de renovação de roteiristas, a TV Brasileira sempre busca novos nomes e talentos para escrever comédias, dramas, cotidiano e afinar aquele discurso provocador que mexe com os telespectadores. Fernanda Young tinha isso em suas mãos. Escrevia comédia como poucos, sabia falar com o seu público sem perder uma linha sequer do que mais dominava. As palavras.
Na TV, acompanhei o seu trabalho em ”Os Normais”, ”Minha Nada Mole Vida”,”Vade Retro”-elogiadíssimo pela crítica onde Tony Ramos, mestre da teledramaturgia dava vida ao ”diabo”. Cada palavra colocada, era uma aula de como prender o público com humor refinado, elegante, sagaz, provocador. Monica Iozzi nadou de braçada. Lamento ter ficado somente na primeira temporada.
Shippados, obra de Fernanda Young com o seu marido Alexandre Machado, protagonizados pela Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch foi um dos seus maiores e belos trabalhos. Ela dominava escrever para casais e criar histórias.
Fernanda Young sempre esteve em causas feministas, debatia política em suas redes sociais, era amada pelo meio artístico e pelos jornalistas.
O seu legado jamais será esquecido. Sua obra ficará. Perdemos uma pessoa que atuava em várias frentes, na TV, no teatro, comportamento, moda, estilo. Uma artista completa.