As produções bíblicas da Record têm um custo muito elevado. Cada capítulo de suas produções, que são consideradas de ”Hollywood” por críticos e jornalistas da emissora, não saem por menos de R$ 570 mil.
Ou seja, uma trama de 100 capítulos consome, no mínimo, R$ 57 milhões. Não estou colocando na conta o pagamento de contratos de atores. Esta “despesa” acrescentaria um aporte de até R$ 60 milhões.
A tabela de preço para anunciar 30 segundos em um intervalo comercial sai pela bagatela de R$ 606 mil, aproximadamente. Esse valor já está incluído os 25% de descontos generosos dados pela emissora.
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A emissora tem dificuldades para atrair o mercado publicitário. Nem todas as cotas foram vendidas e desde 2018, todas as produções bíblicas da Record fecharam no vermelho.
A explicação de especialistas no mercado é que os anunciantes não querem investir pesado em um nicho específico.
Como vender um shampoo nos tempos de Moisés? Ou então ir a uma agência do banco para depositar o dinheiro dos fariseus? Impossível.
Não dá para colocar uma propaganda de um carro SUV com tração nas quatro rodas em meio à novela bíblica. Vender cotas comerciais não é tarefa das mais fáceis.
O retorno não seria o mesmo do que investir em uma novela das seis, onde a cota de 30 segundos não sai por menos de R$ 500 mil. Estamos falando de um produto que atinge uma média de 18 pontos, praticamente três vezes mais comparado ao desempenho de uma novela da Record.