Na TV, no teatro, no cinema, quando se cria um personagem, o ator/atriz vive e cria por um período uma segunda pessoa. É emprestar seu corpo, alma, voz para levar emoção, drama, ao público. Entretanto, como em todo lugar, o ator tem suas vaidades, o ego sobe para a cabeça e muitos mostra o seu lado ardiloso. Ninguém segura um personagem ruim por muito tempo.
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Enfim, TV Gazeta se perdeu por não saber se atualizar
Quando não rende, ele é rifado da novela ou da série, em alguns casos, a TV até ”engole” por pena, por proteção de um diretor e assim vai ficando.
A maioria dos atores estão em um pedestal que para chegar até lá precisou de ajuda de alguém, hoje, cospe no prato que um dia o alimentou. É cruel, ardiloso, fingido, nos bastidores tenta derrubar pessoas, vende uma imagem que não é verdadeira. O público não compra ”atores” falsos.
A maioria destes ”pseudos” atores nunca vão sair do ostracismo. A bolha que eles vivem é passageira, ninguém neste mundo é ”amigo” de verdade. O tapete sempre é puxado, o crachá do dia para a noite não passa na portaria. E não adianta encarar o papel de vilão, fica canastrão demais.
Canastrão e sem graça
Aliás, é preciso ser muito foda para segurar um bom personagem. Deve ser frustrante demais ser conhecido por uma caricatura, algo que não agrega. Não é escada (aquele que levanta para o outro cortar), não é protagonista, é um mero figurante no meio do ”balaio”.
O Brasil é recheado de diversidade, de atores talentos que merecem espaço na TV. Infelizmente, a hipocrisia, a ”panelinha” ultrapassa o limite do aceitável.
Aprendi na coxia do teatro que ninguém brilha sozinho. A experiência de teatro que tive por uma década me ensinou que tudo acaba quando se fecha as cortinas. Modéstia à parte, fiz muita comédia e dei conta do recado, tinha a plateia na minha mão – e sabia dividir com o colega de cena os aplausos. Parei para seguir meu sonho de ser crítico de TV, fofoqueiro, ou como outros dizem ”bisbilhoteiro”.
Cada um no seu quadrado, estamos no jogo, eu fazendo o meu papel, com muito esforço e dedicação e do outro lado a ”gaitada” querendo lacrar para meia dúzias de pessoas, eu neste ponto estou sendo generoso. A frustação é a arma do covarde que não tem talento.
Enfim, a maior derrota é o ostracismo, não adianta ter um crachá se no final das contas, quem o assiste (que são pouquíssimos) até hoje não entendeu a sua composição de personagem. Se é que teve algum trabalho de ator para a sua ”criação”.