A Record entrará em uma fase crítica nos próximos dias. Os principais executivos da emissora receberam na semana passada o aviso de que terão de fazer cortes em suas equipes, com forte impacto nos orçamentos.
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Segundo o jornalista Daniel Castro, do Notícias da TV, Todas as áreas do canal serão afetadas, até mesmo as emissoras afiliadas e principalmente o jornalismo, onde estão os maiores salários.
A demissão em massa vem como uma reação ao momento de queda nas vendas de publicidade e aumento dos custos de produção que a Record vem passando. Em 2022 o prejuízo foi de R$ 517 milhões, um recorde negativo.
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A situação delicada da rede de Edir Macedo está dentro de uma crise que afeta todo o mercado de mídia, principalmente as emissoras de TV que estão perdendo anunciantes para multinacionais que investem apenas em tecnologia e exploram a produção de conteúdo de terceiros. Band e Gazeta já passaram por grandes demissões e ajustes internos.
Nas últimas semanas já começaram a ocorrer várias demissões na área de Jornalismo da Record no Rio de Janeiro. Somente a área de Teledramaturgia deverá ser poupada, já que foi totalmente terceirizada e está sob o controle da Igreja Universal do Reino de Deus.
Record registrou prejuízo de meio bilhão em 2022
De fato, Record planeja demissão em massa para os próximos dias. (Reprodução/Record).
De acordo com o jornalista Sandro Nascimento, do NaTelinha, o prejuízo milionário da emissora se deve ao banco Digimais (ex-Renner), que passou a ser controlado pelo bispo Edir Macedo em 2020. No ano passado, a empresa teve um prejuízo de R$ 323 milhões.
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Então, como a Record é controladora do banco, acaba absorvendo esse resultado em seu balanço. Sem esse e outros prejuízos de mais algumas empresas, controladas pela TV, o prejuízo da emissora seria de “apenas” R$ 188 milhões.
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O balanço do ano passado também mostra que a rede de televisão paulista aumentou suas receitas com publicidade em apenas R$ 6 milhões em 2022 (de R$ 2,008 bilhões para R$ 2,014 bilhões). Já os custos com operações, produções, vendas e administração, mais os prejuízos do Digimais e outras empresas controladas, subiram 39%, de R$ 1,842 bilhão para R$ 2,568 bilhões.
