Em 1993, quando Renascer foi ao ar eu tinha apenas quatro anos de idade. Não assisti a reprise e nem procurei saber sobre a obra de Benedito Ruy Barbosa no GloboPlay. Conversei com senhoras no consultório médico, pouco antes da estreia e questionei sobre a Globo vender o produto como uma ”obra-prima”.
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Algumas concordaram, outras acharam um exagero a líder de audiência ter essa ”audácia” de oferecer o produto como algo supremo. A Globo não está errada, Renascer é algo fora da curva, o remake escrito pelo Bruno Luperi é algo impressionante.
A direção precisa e a escalação do elenco na primeira fase mostrou o capricho da produção. Fotografia elaborada, as sequencias cinematográficas colocaram a sétima arte caminhando lado a lado com o folhetim.
Na primeira semana, a morte dos vilões Firmino (Enrique Diaz) e Belarmino (Antônio Calloni) deixaram o público arrepiados. Contudo, uma das maiores qualidades de Renascer é justamente oferecer um texto bem escrito, atuações acima da média, ninguém está ali ”canastrado” em cena. A primeira fase que foi ampliada no remake desenrolou a história como deveria.
Para quem é ator, ou teve alguma experiência teatral, a quarta parede ser rompida por Matheus Nachtergaele é algo genial. Ele faz como maestria. É o narrador da obra, tendo vista um olhar bem humorado e crítico para as situações ao seu arredor.
Que a segunda fase seja boa como a primeira.