Sátira escrita por autor da Globo trouxe críticas a sociedade carioca 

Sátira escrita por autor da Globo trouxe críticas a sociedade carioca  (Reprodução/Globo)

Não é segredo para ninguém que a TV Globo gosta de trazer pautas que instiguem os brasileiros a pensar sobre o assunto. Por exemplo, já vimos debates que remetem a preconceitos, doação de órgãos, relação entre pais e filhos, dentre outros.

Em 1971, uma novela iria revolucionar a televisão brasileira e incomodar pessoas poderosas e muito ricas!

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Novela famosa da Globo incomodou poderosos em 1971

Sátira escrita por autor da Globo trouxe críticas a sociedade carioca  (Reprodução/Globo)
Sátira escrita por autor da Globo trouxe críticas a sociedade carioca  (Reprodução/Globo)

Em 1971, o autor Bráulio Pedroso estreou na Globo com a novela O Cafona, em que escrevia uma sátira a sociedade carioca e ao movimento hippie. No entanto, a trama, ao contrário do nome, não foi nada cafona e trouxe críticas que obtiveram sucesso de público e de crítica.

É claro que, apesar disso, também foi palco para manifestações contrárias de famosos ricos do Rio de Janeiro, que se sentiram muito ofendidos ao se verem representados na televisão. Mais precisamente, a trama contava a história de Gilberto Athayde (Francisco Cuoco), um homem simples e rude, que enriquecera como dono de de uma rede de supermercados.

Logo após ficar viúvo, Gilberto decide se casar com uma ricona, Malu(Renata Sorrah), para finalmente ser aceito pela sociedade. No entanto, o que Gilberto não contava, é que a moça era filha de um casal falido e só pensa em posar para capas de revistas e ficar na sociedade!

Vale destacar que, parte dos personagens eram os chamados novos-ricos e milionários quebrados.

Em meio a uma crítica construtiva e cheia de detalhes, muitos frequentadores de colunas sociais se sentiram incomodados. Para evitar mais problemas, a Globo passou a exibir no final dos capítulos: “Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas ou fatos fatos acontecidos terá sido mera coincidência”.

Em 9 de setembro de 1971, Helena Silveira falou a respeito da novela, que estava perto de entrar em sua reta final, em sua coluna na Folha de S. Paulo: “Bráulio encontrou o tom certo de forjar o script difícil de um mundo vazio povoado de gente vazia”.

Muito provavelmente, a novela O Cafona hoje, renderia muito nas redes sociais e em todo Brasil!