O SBT, em uma semana, demitiu três diretores. Luciana Valério e Murilo Fraga que tomavam conta do departamento comercial e programação, saíram num processo de reestruturação. Ariel Jacobowitz que por mais de 20 anos de casa deixou o canal após uma passagem pelo Chega Mais.
A saída dos três mostra que o SBT está em alerta vermelho. Primeiro, os programas lançados neste ano, apenas o Sabadou com Virginia Fonseca conseguiu anunciantes e fazer frente aos programas da Record. O Chega Mais, que começou arrastado, foi reformulado, perdeu tempo, as pautas ficaram mais ágeis e mesmo assim a audiência na casa dos dois pontos não saiu do teto que o SBT conseguiu firmar pelas manhãs. Entre 11h e 13h, o canal briga com a Band pela quarta colocação, o que deixa muitos diretores irritados e incomodados.
A missão de Luciana Valério que assumiu no ano passado a direção comercial, era melhorar o faturamento do SBT e aproximar a emissora da nova realidade do mercado publicitário. Há quem afirme que todos os programas dessa temporada, principalmente Chega Mais e Tá na Hora, foram desenhados a partir das necessidades apontadas pelo departamento comercial e nenhum deles deram resultados na audiência, apesar de ter anunciantes.
Queda na audiência e faturamento
A audiência morna do SBT em algumas faixas horárias, e faturamento abaixo do esperado, estima-se que o prejuízo na casa dos R$ 100 milhões tem feito o canal passar por mudanças mais drásticas. O canal caiu principalmente nos horários em que lançou os novos programas. O Tá na Hora não consegue romper a bairreira dos 4 pontos – o que coloca o canal na briga com a Band.
Além disso, o Eita Lucas não saiu do papel, e dificilmente sairá. O Tudo é Nosso está na corda bamba podendo ser cancelado pela alta produção.
No SBT, nos bastidores, é questão de tempo para uma nova reformulação na programação. As novelas mexicanas devem ganhar mais espaço e tempo no ar.
Lá nos bastidores da Anhanguera, há quem afirme que não demora muito para as novelas mexicanas ganharem mais destaque e a reforma atingir também o que vemos no ar. Tudo é uma questão de tempo.
