Sem o dinheiro da Igreja Universal do Reino de Deus, liderada por Edir Macedo, pelo menos oito emissoras em TV aberta quebrariam do dia para a noite.
A Record recebe por ano cerca de R$ 550 milhões (expectativa) para “ceder” as madrugadas.
A emissora acaba tendo problemas por isso: a faixa quase sempre rende audiência no traço. Os telecultos colocam o canal da Barra Funda na briga pelo quarto lugar. Às vezes fica na quinta posição, entre 0h45 e 5h30, de segunda a sexta-feira.
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A RedeTV! é outra que depende do dinheiro da Universal. A igreja ocupa a faixa diária das 13h às 15h e das 17h às 18h. Nos finais de semana, sábado das 11h ao meio-dia; e domingo, das 10h às 11h45.
O mercado avalia que a TV de Osasco receba por mês o montante de R$ 5 milhão, aproximadamente.
OUTROS CANAIS:
A Rede Família, emissora do Grupo Record, recebe por mês cerca de R$ 8 milhões pelos espaços na grade.
Com este dinheiro, a emissora mantém sua programação no ar: paga os funcionários e tenta expandir o sinal pelo interior de São Paulo.
Com 22 horas de grade vendida, a CNT só está no ar graças ao acordo com a igreja de Edir Macedo. Por ano, a TV, com sede em Curitiba, fatura R$ 60 milhões pelos horários repassados.
A vantagem de manter este investimento é o alcance da emissora, que se encontra em algumas TVs por assinatura e tem sinal em capitais consideradas “estratégicas”.
A TV Gazeta arrendou a faixa das 22h às 2h, e das 6h às 8h, por R$ 2 milhões mensais. Para uma TV que dá traço, apesar da audiência próxima do zero, o canal da Avenida Paulista vence a RedeTV! na média-dia, o que é uma vitória e tanto.
No pacote colocamos os canais: CBI (antiga Mega TV), TV Templo (emissora da própria Universal), Record News, canal jornalístico da Record – sim, apesar de não exibir mais conteúdo da Universal, sem uma ajudinha, a TV não fecharia com as contas no azul.
COMPRA DE HORÁRIO EM AFILIADAS
A Igreja Universal do Reino de Deus compra horários locais em afiliadas do SBT, Band, RedeTV! pelo Brasil. Em valores, este montante representa R$ 50 milhões mensais.
Inclusive, com este dinheiro algumas “pequenas redes” seguem no ar.