Um veterano apresentador recebeu no começo de março o diagnóstico de Afasia. A mesma doença que afetou o ator Bruce Willis.
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Afasia é uma disfunção que impede a comunicação adequada. Geralmente causada por acidentes vasculares cerebrais, tumores ou traumatismos crânio-encefálicos, a doença está associada à dificuldade na fala e à compreensão escrita, sonora e visual.
Com dificuldades de compreensão e produção da fala, o astro de filmes como “O sexto sentido”, “Pulp Fiction” e “Duro de matar”, e de séries de TV como “A Gata e o Rato” se aposentou em março de 2022.
No caso do apresentador brasileiro, a família está preservando o comunicador e evitando exposições públicas. Ele está afastado de suas funções e tem recebido o acompanhamento dos melhores médicos.
Demência frontotemporal
A demência frontotemporal, abreviada como DFT, é uma doença neurodegenerativa grave, que afeta a personalidade e o comportamento. Normalmente diagnosticada na meia-idade, é um conjunto de distúrbios primários de linguagem, em que os lobos fronto-temporais do cérebro atrofiam, causando a perda progressiva da compreensão, irritabilidade elevada e desinibição.
Diagnóstico
A DFT deve ser diagnosticada por neurologistas. Após avaliação médica, os pacientes passam por baterias de exames, como tomografias computadorizadas, ressonâncias magnéticas e testes neuropsicológicos.
O diagnóstico ocorre após a identificação do encolhimento de certas partes do cérebro. Nas fases iniciais, esses sintomas podem não ser muito aparentes, então a tomografia por emissão de próton único é a responsável por identificar a progressão da doença.
O teste por perfusão também é uma alternativa, avaliando o fluxo sanguíneo e o funcionamento cerebral, o exame determina se o sangue chega a determinadas áreas do órgão e, consequentemente, se há a perda de neurônios nessas regiões.
Tratamento
Assim como outras doenças neurodegenerativas, a demência frontotemporal não tem cura. Contudo, isso não significa que tratamentos para melhorar a qualidade de vida de seus portadores não existam. Terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia são alternativas para diminuir a irritabilidade, a desinibição, a perda de memória e a dificuldade na articulação da fala.
Por fim, diferentemente do Alzheimer, a DFT não tem tratamento específico, ou seja, as medidas de apoio são alternativas na luta contra a progressão dos sintomas. Os medicamentos antipsicóticos podem controlar a compulsividade, e os antidepressivos levam serotonina ao cérebro, auxiliam o funcionamento dos lobos frontais, diminuem a desorientação e podem também tratar comportamentos relacionados à depressão.