Cultura volta à teledramaturgia com série nordestina
Em comemoração ao seu aniversário de 55 anos, a TV Cultura voltará a investir em teledramaturgia. Segundo informações do Notícias da TV, uma das primeiras produções será uma série envolvendo os nordestinos, que será escrita e dirigida por João Falcão. Atores que atualmente na Globo podem integrar o elenco da produção, como é o caso de Vladimir Brichta e Lázaro Ramos.
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Segundo informações do Notícias da TV, a obra se chamará Quando Eu Vim-me Embora e é baseada no livro de mesmo nome de Marco Antonio Villa – que atua como comentarista no jornal da Cultura.
“A série fala da vinda do nordestino para essa região do país, quando eles vieram construir São Paulo. Série muito interessante”, afirma José Roberto Maluf, presidente da Fundação Paulo Anchieta, que administra a emissora paulista, a Rádio Cultura Brasil FM mais os canais TV Rá Tim Bum, Univesp TV e TV Educação.
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Em suma, mais sobre a retomada da teledramaturgia da TV Cultura
Em 2022, a Cultura voltou a investir na sua teledramaturgia, com a série Independências, em comemoração ao bicentenário da independência do Brasil. O vice-presidente executivo da emissora e que atua como diretor de programação, Enéas Carneiros, ponderou que o projeto foi um experimento para o canal paulista.
“Era um movimento absolutamente ousado e estético, mas sobre os 200 anos da independência. Porque a gente não tem nem a expertise nem o orçamento que tem uma Globo e outros streamings. Então a gente só poderia retornar pra dramaturgia com uma questão que chamasse a atenção esteticamente. Óbvio que foi um experimento”, ressalta.
O novo projeto retratará a história de nordestinos que chegaram à maior cidade do país e à região Sudeste após a Segunda Guerra Mundial. A produção é classificada como um docudrama, mas não deixará a ficção de lado e serão usadas imagens de arquivo. Com seis episódios, a música 3×4, do cantor Belchior (1946-2017), será o tema musical.
“É importante pra nós por essa questão de que São Paulo, até 1945, era uma cidade europeia, composta por imigrantes. Tanto que se diz que São Paulo se tornou uma cidade brasileira após a onda migratória que começa em 1945, dos nordestinos, e que são tão importantes e construíram essa cidade como italianos, espanhóis, libaneses, japoneses. A gente olha um pouco pra isso que foi e é considerado o maior movimento migratório pós-guerra e da década de 1970 do mundo”, argumenta Pereira.